Sejam Bem Vindos ao AviaçãoTodoDia. Um Blog criado para reunir em um único lugar as principais notícias sobre a aviação. Aproveite, participe e compartilhe.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Como o dólar negou à GOL a vantagem do combustível barato

Avião da Gol LInhas Aéreas
 
 
Nova York - Esse deveria ter sido o momento da GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA.
 
A maior empresa aérea do Brasil foi bem-sucedida em diminuir custos ao reduzir o número de voos e cortar postos de trabalho e, mais recentemente, poderia se beneficiar de uma ajuda extra: uma queda histórica nos preços do petróleo poderia contribuir para reduzir drasticamente seus custos com combustível. Mas a empresa não teve tanta sorte.
 
Em vez de colher os benefícios dos preços mais baixos do petróleo, a queda de 22 por cento do real frente ao dólar nos últimos seis meses está inflando a dívida que a empresa aérea tem no exterior.
A GOL obtém 87 por cento de sua receita em reais, enquanto cerca de 75 por cento de seus compromissos financeiros são em moeda estrangeira.

O receio de que a companhia aérea terá dificuldades para pagar sua dívida em dólar levaram os rendimentos de seus títulos a um avanço de mais de 3 pontos porcentuais desde que eles foram vendidos, em setembro, para uma alta de 11,8 por cento.

“Eles têm um descasamento grande entre receita em real e dívida em dólar”, disse Carlos Gribel, chefe de renda fixa da Andbanc Brokerage, por telefone, de Miami.

“Qualquer ajuste no dólar, como esse que vimos recentemente, vai na veia do balanço deles, por mais que não impacte tanto o caixa”, disse.

Mergulho do real
Eduardo Masson, diretor de Relações com Investidores da GOL, disse que o declínio dos títulos está mais relacionado a um movimento mais amplo de aversão de investidores a ativos brasileiros.

“Eu não enxergo uma deterioração nos bonds relacionada ao risco específico da companhia. É uma questão macro, relacionada à atividade econômica, câmbio e risco do Brasil”, disse ele por telefone de São Paulo. “A GOL nunca esteve em uma posição mais forte do ponto de vista creditício”.

O diretor financeiro da empresa, Edmar Lopes, mencionou o aumento dos custos relacionados ao dólar em novembro, quando disse que o prejuízo da empresa no terceiro trimestre ampliou-se 24 por cento em relação ao segundo trimestre, para R$ 245 milhões (US$ 85 milhões).

Em uma apresentação, em fevereiro, a GOL disse que não teve ganhos com a queda de 3 por cento nos preços médios dos combustíveis no último trimestre, em parte porque o dólar teve uma valorização de 12 por cento em relação ao real no período.

A GOL deve começar a colher benefícios do petróleo mais barato no primeiro trimestre de 2015, segundo Masson, quando as garantias expirarem e porque o preço do combustível de avião no Brasil tem um atraso de cerca de 45 dias em relação às oscilações do petróleo.

A empresa tem cerca de um terço de sua exposição ao petróleo e ao câmbio durante um período de seis meses protegidos de flutuação cambial, disse ele. A GOL estima que o combustível represente 40 por cento de seus custos.

O real se desvaloriza em um momento em que os analistas consultados pelo Banco Central do Brasil projetaram a primeira recessão desde 2009 para a maior economia da América Latina.

Os títulos da empresa aérea da emissão de US$ 325 milhões para 2022 rendem agora o dobro da média dos pares do setor e estão na iminência de serem considerados passíveis de calote, com 9,7 pontos porcentuais a mais do que os títulos do Tesouro dos EUA de vencimento similar, segundo dados do Bank of America Corp. compilados pela Bloomberg.

“Lucrar em reais e comprar uma commodity dolarizada é um negócio difícil atualmente”, disse Wilbur Matthews, CEO da Vaquero Global Investment LP, por telefone, de San Antonio, EUA. “O dólar está pressionando eles mais do que qualquer outra coisa”.

Fonte: Exame.com
 


Ladrões roubam R$800 mil em tablets e celulares em Congonhas


São Paulo - Um grupo formado por 13 assaltantes invadiu um galpão da companhia aérea TAM, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e roubou uma carga de celulares e tablets avaliada em cerca de R$ 800 mil, na manhã de segunda-feira, 23.

Os assaltantes renderam os funcionários do local e invadiram a área restrita com um caminhão-baú.
Segundo policiais da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) do Aeroporto de Congonhas, existe a suspeita de participação de funcionários da TAM.

A ação dos assaltantes foi registrada por um câmera de segurança. Os equipamentos estavam em um palete.
A empresa informou "que segue colaborando com as autoridades policiais nas investigações."
Após o roubo, investigadores da Deatur e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil foram atrás da carga.

Os equipamentos tinham um dispositivo GPS chamado "isca", usado para localizar produtos roubados.

O rastreador indicou que os celulares e os tablets estavam na Favela Alba, na região do Jabaquara, atrás do aeroporto.

Os policiais encontraram um Volkswagen Golf preto que foi usado por parte do bando para fugir do galpão, estacionado em frente uma casa.

Não havia ninguém dentro do imóvel e apenas alguns equipamentos foram recuperados.
Os policiais também apreenderam uma pistola calibre .380. Nesta terça-feira, 24, a Polícia Civil irá ouvir testemunhas e funcionários.

Três assaltantes já foram identificados e todos têm passagem pela polícia. Ninguém foi preso.

Fonte: Exame.com